O Grupo Parlamentar do PS Açores deu uma Conferência de Imprensa para “reiterar inequivocamente a sua confiança política” no deputado Miguel Costa, que está a ser “vítima de um ataque político orquestrado, fulanizado, personalizado, que procura atingir a sua honra enquanto agente político”, afirmou André Bradford. O Presidente do Grupo Parlamentar Socialista considera que “o PSD escolheu o deputado Miguel Costa, como a compensação, para um caso que pensava que tinha e que veio a descobrir que não tinha”.
André Bradford considera “inaceitável” que o PSD Açores procure “sabotar o funcionamento do parlamento”, e “criar instabilidade”, para resolver os problemas de liderança: “Não pode continuar esta senda, deste PSD, de saltar de caso em caso, em vez de discutir os setores de governação dos Açores, em vez de contribuir com ideias para o progresso da Região”.
“O problema do PSD é que tem uma liderança a prazo, há muito tempo, mas não sabe qual é o prazo em que vai sair e, portanto, deu tudo como perdido e só faz política de casos, politica de enredo, politica fulanizada, politica desadequada aquilo que nós achamos que deve ser o exercício, consciente e responsável, da autonomia”. André Bradford recorda que “o senhor deputado Duarte Freitas é presidente do PSD há 5 atos eleitorais, dos quais não ganhou nenhum, mas o senhor deputado Duarte Freitas, não pode transformar esse problema interno num problema dos açorianos e num problema de funcionamento das instituições da autonomia dos Açores”.
Para André Bradford é essa a estratégia que a oposição está a seguir e que tem agora como alvo o deputado Miguel Costa, em relação a quem o Grupo Parlamentar do PS Açores “reitera, inequivocamente, a sua confiança política, total e absoluta, enquanto presidente da Comissão de Economia deste parlamento e, sobretudo, enquanto representante eleito dos interesses e aspirações dos picoenses”.
Ainda sobre o Deputado Miguel Costa, o líder parlamentar salientou os “15 anos de dedicação à causa pública” e “sempre com o propósito firme de representar os interesses da ilha e as aspirações e os direitos dos picarotos”. Miguel Costa é presidente da Comissão de Economia desde o início desta legislatura “sem que se conheça qualquer tipo de incidente, de reclamação dos outros partidos à sua atuação enquanto presidente da Comissão. No exercício das suas funções de presidente da Comissão”, acrescentou o líder do GPPS.
André Bradford esclareceu que “o caso contra o Deputado Miguel Costa tem apenas por base um email enviado à anterior presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde de Ilha do Pico”, mas como foi tornado público durante o debate, foi esse mesmo conselho de administração que se queixou “do afastamento e do desinteresse das estruturas do Partido Socialista em relação às questões que envolviam a gestão da USIP”, negando ingerências por parte dos deputados socialistas.
Depois de esclarecer que não houve ilegalidade no conteúdo do email, já que “há uma praxe, há um costume, se quiserem até um costume contra lei, isso existe é uma figura jurídica possível, de não se cobrar a dispensa de serviço aos autarcas de freguesias”. A lei de 1987 permite que não se cobre “aos autarcas do PS, às juntas de freguesia do PS, como não se cobra às juntas de freguesias do PSD, como não se cobra à junta de freguesia do CDS, como não se cobra a entidades públicas…É essa a prática”.
“Depreender daqui que o deputado Miguel Costa pressiona gestores públicos, pressiona a administração publica, ingere-se nos assuntos da Governação é completamente abusivo, completamente desfasado do contexto e é um puro aproveitamento político-partidário na tentativa de salvar alguma coisa que precisa de ser salva uma vez que o assunto não tem a dimensão que se lhe quis dar”.